martedì 31 dicembre 2019

Marielle Franco vive nas dançarinas de "Muitas Marias": o samba de Manu Napolitano (letras e video)

Marielle Franco - Cria da Maré
Nota: O que segue é a tradução de uma postagem publicada neste blog no começo de dezembro 2019. Mesmo não tendo o português como língua materna, acetei o pedido de Manu Napolitano de traduzir para o idioma brasileiro esta matéria dedicada à nossa irmã Marielle Franco. Espero que todos os interessados apreciem o meu trabalho, realizado com a finalidade que o maior número de pessoas, no Brasil e na Itália, possam descobrir, redescobrir e amar a vida e as obras de Marielle.
Giulia Baglini, jornalista e blogueira


"Marielle virou semente". E' o que estava escrito nas paredes do Rio de Janeiro e nos cartazes vestidos de luto após a noite de 14 de março de 2018, quando a deputada regional carioca Marielle Franco foi assassinada a tiros junto com seu motorista Anderson Pedro Gomes. "Marielle presente!", "Anderson presente!", gritavam em marcha os homens e as mulheres que transformaram o luto em luta e que decidiram que as idéias de Marielle deveriam continuar andando sobre suas próprias pernas. Eleita com 46 mil votos nas fileiras do Partido Socialismo e Liberdade, a sua vida foi arrancada por quem temia seu contraste à presença da polícia federal nas favelas. Onde uma garota que volta da escola pode morrer por uma bala perdida, onde se você é negro e tem um guarda-chuva na mão, pode ser confundido com um bandido que anda com um fuzil. E pode ser atirado sem piedade.
Marielle Franco encarnava tudo aquilo que a extrema direita que infelizmente chegou ao poder no Brasil tenta impedir: ela nasceu na favela da Maré e por isso deu voz aos últimos, era negra, era lésbica. Ela era socióloga, especializada com um mestrado sobre a presença nas favelas das chamadas Unidade de Polícia Pacificadora. E sabe-se como, devido a esse (des) governo, as ciências humanas foram desqualificadas em comparação com outras disciplinas.
Outra função certamente "indesejada" foi a coordenação, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, da Comissão para a defesa dos direitos humanos e da cidadania.
As últimas notícias nos levam a pensar que seu assassinato foi realizado por milicianos muito próximos à família Bolsonaro.
Anielle Franco, Monica Benicio e Marielle Franco
Foi calada a voz de uma mulher de 38 anos que ainda tinha que crescer sua filha Luyara e que tinha que ficar ao lado dos seus pais, Marinete e Antonio, da sua irmã Anielle e da sua companheira Monica. Os membros de sua família não foram deixados sozinhos: quem pergunta quem mandou matar Marielle e quem marcha com eles, são milhares de mulheres e de homens que compartilham um sentimento de irmandade e que querem tornar eterno o legado de Marielle.
Entre essas mulheres tem a cantora e compositora ítalo-venezuelana Emanuela Napolitano, em arte Manu Napolitano, que em homenagem à Marielle e suas lutas compôs a música "Muitas Marias", publicando-a simbolicamente no 8 de março de 2019. Eis aqui onde ouvir a música:
Manu Napolitano


http://bit.ly/AppleMusicMarias 
http://bit.ly/SPOTIFYMarias 

Na música, Manu colocou um pouco da Marielle, suas idéias, seus projetos de lei e um pouco de todas as mulheres do mundo,  Nas letras, onde cada palavra é feminina, emergem vários temas: a cultura afro-brasileira, o amor igual e diferente, e Teresa de Benguela, líder do Quilombo do Mato Grosso, que viveu no século XVIII. Entre os projetos de lei de Marielle no Parlamento do Rio, tinha  aquele de criar um dia que celebrasse esta figura histórica afro-brasileira e a figura da mulher negra em geral.
Na música da Manu é lembrado o funk, à qual Marielle se dedicou muito, tanto que ela propôs uma lei que o valorizasse como patrimônio cultural.
De "Muitas Marias" existe uma versão funk e uma versão em estilo de samba tradicional, de onde foi realizado o video "Muitas Marias", publicado o 14 novembro 2019, 20 meses após o assassinato da Marielle e de Anderson.

Para assistir ao vídeo: https://youtu.be/OFQPI2dLPVQ

Abaixo o texto:

Casa aberta
janta pronta      
Nossa fé epa hey oyá! (1)
Devota da alegria e das muitas Marias (2)
Ora ye ye o Ora ye ye ooo

Velas acesas, flores, (3) semente, 
expressão presente (4)
Beleza e cor 
Mulher e dor
Ora ye ye o  Ora ye ye ooo (5)

Me ensina a fazer turbante (6)
Rainha Tereza de Quariteré (7)
Me ensina a fazer tranças (8)
Abayomì abayomì (9)

Vamos manter a chama
Dando voz às lágrimas
Dança funk comigo (10)
Dança funk comigo
Vai vai em frente
Pode amar diferente! (11) 


NOTAS

1. Referência às divinidades sincréticas chamadas Orixàs. Epa hey oya é a saudação a Iansã, a Senhora dos ventos e das tempestades. Ela é corajosa, com um temperamento forte. O número de Iansã é 9 e o seu dia é a quarta-feira, que também é o dia de semana em que Marielle foi assassinada.
Para a sua candidatura à Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 2016, Marielle no vídeo promocional da campanha utilizou um canto para Iansã. Ela foi eleita como a quinta conselheira mais votada, com cerca de 46.000 preferências.
2. Palavras de Marielle, que rezava a Virgem Maria Nossa Senhora dos Navegantes. Ela foi catequista por mais de 10 anos.
3 - Descrição da casa da Marielle e da sua companheira, Monica.
4 - Palavras para representar Marielle e pronunciadas por algumas mulheres imediatamente após sua morte.
5 - Saudação a Oxum. Rainha da água doce, Senhora dos rios, lagos e cachoeiras, Oxum representa a sabedoria e o poder femininos.
6 - Marielle usava muito os turbantes e, em um debate, ficou com raiva porque foi criticada por esse hábito.
7 - Ela era uma princesa negra do quilombo. Marielle, como parlamentar, se envolveu para que fosse escolhido um dia dedicado à Teresa Banguela de Quariterè.
Um exemplo de Abayomì
8 - Marielle ajudou a realizar laboratórios de promoção da cultura afro-brasileira, nas quais ensinar a criar turbantes e tranças.
9 - Uma boneca de pano que deriva das tradições africanas trazidas pelos escravos para o Brasil. Ainda hoje é um dos símbolos da resistência africana. Marielle teve um.
10 - Marielle foi uma dançarina do funk carioca quando menina. Ele apresentou junto com om outro vereador um projeto de lei para valorizar o funk carioca como patrimônio cultural das favelas, atualmente proibido pelas autoridades. Esta proposta de liberalização e promoção do funk ainda não foi aprovada.
11 - Marielle trazia a causa LGBT no seu corpo e na sua atividade política. Ele havia criado um projeto de lei para reconhecer no Rio de Janeiro o dia da visibilidade lésbica (a proposta não passou por apenas dois votos).

O videoclipe "Muitas Marias" é uma coprodução ítalo-brasileira. Mulheres de diferentes países dançam juntas. É uma explosão de energia, luz e cor: são as "Muitas Marias" que se encontram. Na dança, elas contam de si, conversam, mulheres diferentes, unidas, seguindo o poderoso fio musical. Os movimentos das "Muitas Marias" tomam forma, tornam-se poesia compartilhada, pensando em Marielle Franco, seu compromisso social, sua vida, que continua a lançar luz e exigir justiça. (nota de Manu Napolitano)


Manu Napolitano, com um vídeo simples, mas intenso, conseguiu formar uma roda de samba toda de mulheres ao redor de Marielle. Uma outra lindissima homenagem foi aquela realizada por a escola de samba da Mangueira no último carnaval. Quem contou melhor a história do tributo da escola verde-rosa foi Simone Apollo, apaixonado blogueiro de 'Dentro Rio de Janeiro', que nesta página descreve perfeitamente o significado do enredo de samba, merecidamente vitorioso.




Créditos de videoclipe

Direção e montagem: Ivo Godoy
Direção de fotografia: Rita Bertoncini
Elenco de preparação: Raffaella Pirozzi
Dançarinas:
Manu Napolitano, Itália Venezuela
Patricia de Assis, Brasil
Ana Maria Klem, Argentina
Chama roxa Brasil
Melina Almada, Brasil
Denise Neves de Oliveira, Brasil
Natalie Stypa, Alemanha
Céline Puigsegur, França
Agradecimentos especiais à Equipe Camere d'Aria - Itália

lunedì 2 dicembre 2019

Marielle Franco vive nelle danzatrici di "Muitas Marias": il video di Manu Napolitano

"Marielle virou semente", Marielle è diventata un seme. E' questo che si leggeva sui muri di Rio de Janeiro e sugli striscioni vestiti a lutto dopo la sera del 14 marzo 2018, quando la deputata regionale carioca Marielle Franco è stata uccisa insieme al suo autista Anderson Pedro Gomes.
"Marielle presente!", "Anderson presente!", gridavano in  corteo gli uomini e le donne che hanno trasformato il lutto in lotta, che hanno deciso di far continuare a camminare sulle loro gambe le idee di Marielle.
Eletta  con 46mila voti nelle file del Partito Socialismo e Libertà, è stata strappata alla vita da chi aveva paura di lei, da chi temeva il suo contrasto alla presenza della polizia federale nelle favelas. Dove una bambina che torna da scuola può morire per una pallottola vagante, dove se sei nero e hai un ombrello in mano puoi essere scambiato per un delinquente che cammina con un fucile. E ammazzato senza pietà.
Marielle Franco incarnava tutto ciò che l'estrema destra che purtroppo è salita al potere in Brasile cerca di ostacolare: era nata nella favela della Maré e per questo dava voce agli ultimi, era nera, era lesbica. Era una sociologa e si era specializzata con un master sulla presenza nelle favelas delle cosiddette Unità di Polizia Pacificatrice. Ed è noto come a causa di questo (dis)governo le scienze umane siano state disqualificate rispetto alle altre discipline. 
Altro incarico sicuramente "scomodo" era il coordinamento della Commissione per la difesa dei diritti umani e della cittadinanza.
Le ultime notizie portano a pensare che il suo assassinio sia stato compiuto da miliziani molto vicini alla famiglia Bolsonaro.
E' stata spenta la voce di una donna di 38 anni che doveva ancora crescere una figlia e che doveva stare a fianco dei genitori, della sorella Anielle e della sua compagna Monica.


I suoi familiari non sono stati lasciati soli: a chiedere chi ha ucciso Marielle e a camminare insieme a loro ci sono le donne che condividono un sentimento di sorellanza e che vogliono rendere eterna l'eredità di Marielle.

Tra queste donne c'è la cantautrice italo-venezuelana Emanuela Napolitano, in arte Manu Napolitano, che in onore di Marielle e delle sue lotte ha composto la canzone "Muitas Marias" "Molte Marie", pubblicandola simbolicamente l'8 marzo 2019.
Ecco dove si può ascoltare:
http://bit.ly/AppleMusicMarias
http://bit.ly/SPOTIFYMarias
 
Nella canzone Manu ha messo un po' di Marielle e un po' di tutte le donne del mondo, le sue idee e le sue proposte di legge.
Nel testo, dove ogni parola è al femminile, emergono vari temi: la cultura afrobrasiliana, l'amore uguale e differente e Teresa di Benguela, leader del Quilombo del Mato Grosso vissuta nel XVIII secolo.  Tra le proposte di legge di Marielle al Parlamento di Rio c'era proprio quella di creare una giornata che celebrasse questa storica figura afrobrasiliana e la figura della donna nera in generale.
Inoltre nella canzone viene ricordata la musica funk, a cui Marielle teneva moltissimo, tanto da aver proposto una legge che la valorizzasse come patrimonio culturale.
Di "Muitas Marias" esiste sia una versione funk che una versione in stile di samba tradizionale da cui è stato realizzato il video "Muitas Marias"uscito il 14 novembre 2019, 20 mesi dopo l'assassinio di Marielle e Anderson.

Per assistere al video: https://youtu.be/OFQPI2dLPVQ

Di seguito il testo, in portoghese e in italiano.


Casa aberta
janta pronta      
Nossa fé epa hey oyá!
Devota da alegria e das muitas Marias
Ora ye ye o Ora ye ye ooo

Velas acesas, flores, semente, expressão presente 
Beleza e cor 
Mulher e dor
Ora ye ye o  Ora ye ye ooo

Me ensina a fazer turbante
Rainha Tereza de Quariteré
Me ensina a fazer tranças 
Abayomì abayomì

Vamos manter a chama
Dando voz às lágrimas
Dança funk comigo
Dança funk comigo
Vai vai em frente
Pode amar diferente!

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Casa aperta
cena pronta
la nostra fede epa bey oya (1).
Devota dell'allegria e delle molte Marie (2)

Candele accese, fiori, (3) semente,
espressione presente (4)
Bellezza e colore
Donna e dolore
Orayeyeo Orayeyeoo (5)


Insegnami a creare i turbanti (6)
Rainha Teresa di Quariterè (7)
Insegnami a fare le treccine (8)
Abayomì, Abayomì (9)

Manteniamo la fiamma accesa
dando voce alle lacrime
Danza funk con me (10)
Vai avanti coraggio,
puoi amare diversamente! (11)



NOTE

1. Riferimento alle divinità Orixà sincretiche. Epa hey oya è il saluto a Iansã.
(Iansã é la Signora dei venti e delle tempeste. E' coraggiosa, ha un temperamento forte.  Il numero di Iansã è il 9 e il suo saluto è Epa hey oya. Il giorno di Iansã è il mercoledì, che è anche il giorno della settimana in cui Marielle è stata uccisa).
Per la sua candidatura alla Camera Municipale di Rio de Janeiro del 2016, Marielle aveva realizzato il video promozionale della campagna con il canto a Iansã in sottofondo.
E' stata eletta come la 5° Consigliera più votata, con circa 46.000 preferenze.
2. Parole di Marielle, che adorava la Vergine Maria Nossa Senhora dos Navegantes. Era stata catechista per più di 10 anni e pregava molto.
3 - Descrizione della casa di Marielle e di Monica, la sua compagna.
4 - Parole per rappresentare Marielle pronunciate da alcune donne subito dopo la sua morte.
5 - Saluto a Oxum.  Regina dell'acqua dolce, Signora dei fiumi, laghi e cascate, Oxum rappresenta la saggezza e il potere femminile.
6 - Marielle li metteva spesso e in un dibattito si era arrabbiata perché l'avevano criticata per questa sua abitudine
7 - Era una principessa nera del quilombo. Marielle come parlamentare è riuscita a far approvare una giornata da dedicare a Teresa Banguela di Quariterè.

8 - Marielle stava promuovendo laboratori di promozione della cultura afrobrasiliana, in cui insegnare a creare turbanti e treccine.
Un esempio di Abayomì
9 - Una bambola di pezza che deriva dalle tradizioni africane portate dagli schiavi in Brasile. Ancora oggi è uno dei simboli della resistenza africana.
Marielle ne aveva una.
10 - Marielle da ragazza era stata danzatrice del funk carioca. Ha presentato con un altro consigliere una proposta di legge per valorizzare il funk di Rio, patrimonio culturale delle favelas, attualmente proibito dalle autorità. Questa proposta di liberalizzazione e promozione del funk non è ancora passata.
11 - Marielle portava avanti sul suo corpo e nella politica la causa Lgbt. Aveva creato una proposta di legge per riconoscere a Rio de Janeiro il giorno della visibilità lesbica (non passata in Consiglio per soli due voti).

Il videoclip "Muitas Marias" è una coproduzione italo-brasiliana. Donne di diversi paesi danzano insieme. E' un'esplosione di energia, luce e colori: sono le "Molte Marie" che si incontrano. Nella danza raccontano se stesse, dialogano, sono donne diverse ma unite da un potente filo conduttore musicale. I movimenti di "Muitas Marias" prendono forma, diventano poesia condivisa, pensando a Marielle Franco, al suo impegno sociale, alla sua vita, che continua ad essere luce e a esigere giustizia. (nota di Manu Napolitano)

Manu Napolitano, con un video semplice ma intenso, è riuscita a formare una roda di samba tutta al femminile intorno a Marielle e ha reso a questa nostra sorella un bellissimo omaggio. Un tributo che si aggiunge a quello realizzato dalla scuola di samba della Mangueira lo scorso Carnevale.
Il racconto migliore dell'omaggio della scuola verde-rosa si deve a Simone Apollo, appassionato blogger di 'Dentro Rio de Janeiro', che in questa pagina descrive perfettamente il significato del samba enredo, meritatamente vittorioso.




Crediti videoclip

Direzione e montaggio: Ivo Godoy
Direttore della fotografia: Rita Bertoncini
Preparazione del cast: Raffaella Pirozzi
Danzatrici:
Manu Napolitano, Italia Venezuela
Patricia de Assis, Brasile
Ana Maria Klem, Argentina
Fiamma Viola Brasile
Melina Almada, Brasile
Denise Neves de Oliveira, Brasile
Natalie Stypa, Germania
Céline Puigsegur, Francia
Ringraziamenti speciali a Equipe Camere d'Aria - Italia

venerdì 15 novembre 2019

'Biancaneve e l'Ottavo Nano - La psicofiaba': debutta in teatro la favola moderna di Lorenzo Pratesi e Laura Gamberi

“Con questo spettacolo celebro i miei vent’anni di teatro: sono passato dal cabaret alle feste di piazza, dal musical alla commedia (il mio grande amore), per arrivare oggi al fantasy con 'Biancaneve e l'Ottavo Nano - La psicofiaba'. Per la prima volta non interpreto un ruolo comico, rappresento il sogno infranto, l’illusione di ciò che non si realizzerà. Ebbene sì, sono l'Ottavo Nano: Biancaneve mi chiamava così, da tanto che era certa fossi parte della sua famiglia. Del resto tutti abbiamo creduto ad una favola almeno una volta nella vita".

E' con queste parole che l'artista pistoiese Lorenzo Pratesi, classe 1982, presenta il suo nuovo lavoro teatrale. Ed è con questo post che cercherò di parlarvi del suo talento e di come il teatro sia diventato per lui una casa, una famiglia e un'idea di comunità.

Conosco Lorenzo dal 2013, da quando, nella triplice veste di regista, sceneggiatore e protagonista, concepì uno spettacolo tutto suo: si chiamava "Tutta la vita che verrà". E' la sua opera più riflessiva e introspettiva, in cui l'attore riversa tutti i sentimenti provati dopo la recente scomparsa della madre.
Sul palco Lorenzo chiama gli amici di sempre e riesce a coinvolgerli in un inno alla vita, "un viaggio attraverso il tempo ed attraverso il cuore, per ricordare di accogliere sempre nel bene o nel male tutta la vita che verra'": Maurizio Iorio, Sara Pacini, Laura Gamberi, Martina Taioli, Lucia Pagnoccheschi e Giulia Nannini affiancano il protagonista nelle varie fasi della sua esistenza.

L'opera si rivela preziosa anche per la volontà di Lorenzo di farne un veicolo di promozione per le attività dell'Associazione Spalti, la onlus pistoiese che si occupa dell'assistenza ai malati di sclerosi laterale amiotrofica e delle loro famiglie. Ecco il primo esempio, a cui ne seguiranno molti altri, del teatro come comunità: mettere una propria passione al servizio degli altri, essere solidale con chi ha fatto della solidarietà la propria missione.

Negli anni seguenti i lavori di Lorenzo rifletteranno sempre i suoi stati d'animo, la sua evoluzione individuale e le sue convinzioni personali: dal suo urlo contro il bigottismo con la commedia sexy "Pepe al terzo piano" al suo invito all'autodeterminazione con la commedia corale "Ieri mi sposo?", dalla sua rabbia contro una parte del sistema politico e contro il trash che impera in certi salotti tv con la commedia pop-rock "Lei non sa chi sono io", per arrivare ad una riflessione sull'autostima, che rende "Biancaneve e l'Ottavo Nano" un percorso interiore che ha portato Lorenzo a stare bene con se stesso, anche in mezzo alle proprie fragilità, frustrazioni, paure e debolezze.
Il personaggio che incarna questa autoanalisi è proprio la candida principessa, interpretata da Laura Gamberi, attrice e cantante di provata esperienza e bravura e che firma insieme a Lorenzo la sceneggiatura della psicofiaba.


Nella storia, la principessa punta sempre sugli altri e non su di sé, fino a perdere il baricentro e a dare la colpa dei propri fallimenti agli altri. Riuscirà a trovare un equilibrio?
La affiancheranno sul palco molti personaggi 'da favola': altre principesse, sia classiche che moderne, streghe e matrigne, ma anche fatine e volti noti delle fiabe e delle storie più amate come Pinocchio, Alice nel paese delle meraviglie, Peter Pan, La Sirenetta, La carica dei cento e uno e Heidi.

Come è riuscito Lorenzo a riunire così tante persone in un tour teatrale di dieci date, dentro e fuori la Toscana?
Certamente un ruolo determinante lo hanno avuto i corsi di teatroterapia da lui organizzati in seno all'Associazione Nazionale Stresse e Salute, presieduta dalla dottoressa Sabrina Ulivi e di cui Lorenzo è segretario nazionale.
Sono esperienze che hanno permesso alle persone di scoprire se stessi attraverso l'espressione e il linguaggio teatrale, dando anche diversi spunti a Lorenzo per costruire la psicofiaba.
Danzando tra i generi (il musical, la commedia retrò,  il cabaret, il varietà), Lorenzo ha messo in piedi una sorta di ‘best of’ della sua carriera, carriera di cui saranno celebrati i vent'anni proprio il 24 gennaio 2020, quando la commedia debutterà al Teatro Bolognini di Pistoia.
Il teatro abbraccia tutta la vita di Lorenzo, tanto che è riuscito a portarlo anche nelle scuole con dei corsi dedicati agli studenti disabili. Fare teatro secondo Lorenzo è un modo di affrontare la realtà e può interessare tutti e migliorare la vita di tutti, "dal bambino che fa la recita all’asilo alla manager che partecipa al corso di recitazione per gestire lo stress lavorativo". 
E allora non resta che aspettare il 6 gennaio 2020 per vedere la prima di 'Biancaneve e l'Ottavo Nano': sul palco non ci sarà la Befana, ma tanti personaggi colorati che troveranno la loro sintesi nella veste bianca indossata dal protagonista. 
Ecco i dettagli del tour, con tutti i nomi delle associazioni a cui Lorenzo devolverà una parte dei proventi:

 
Lunedì 6 gennaio Firenze
 - Teatro Mensola a Coverciano, ore 17.30
Sabato 11 gennaio Montemurlo (Po)  - Sala Banti ore 21 (Gianluca Melani onlus)
Venerdì 24 gennaio Pistoia  - Teatro Bolognini ore 21
Sabato 25 gennaio Pistoia - Teatro Bolognini ore 21
Venerdì 28 febbraio  Prato -  Teatro Cicognini ore 21 (Jetavana - Centro Meditazione / Kepos onlus)
Sabato 29 febbraio Prato -  Teatro Cicognini ore 21 (Jetavana - Centro Meditazione / Kepos onlus)
Sabato 21 marzo Agliana  - Teatro Moderno ore 21

Domenica 22 marzo Agliana  - Teatro Moderno ore 17.30
Domenica 10 maggio Santa Croce sull’Arno (Pi) Teatro Verdi ore 21 (Calciando Insieme)
 Domenica 17 maggio Arena Rufus Thomas  - Alto Reno Terme (Bo) ore 17.30 (Un libro tira l’altro).

Nelle date in programma al Teatro Moderno di Agliana sarà presente la “Art Academy” di Massa, la scuola di ballo diretta da Sara Pacini.

Per prenotazioni: lorenzopratesiteatro@hotmail.com
Per informazioni: lorenzopratesi.it